Uma boa estratégia de Recursos Humanos vai muito além de oferecer bons salários. Incentivos e benefícios são duas ferramentas muito utilizadas nesse processo, mas frequentemente são confundidos ou tratados como se fossem a mesma coisa. E não são, rs.
Essa confusão, embora comum, pode prejudicar o planejamento e a execução de iniciativas voltadas para o bem-estar e a motivação dos colaboradores.
Para criar um ambiente que promova engajamento e retenção de talentos, é indispensável entender as diferenças entre esses conceitos e saber aplicá-los de forma complementar. Neste artigo, abordaremos as definições e impactos de incentivos e benefícios, explicando por que o RH precisa dominá-los para alcançar melhores resultados.
O que são Benefícios?
Benefícios são elementos fixos e regulares oferecidos pela organização como parte do pacote de remuneração. Eles têm como objetivo promover o bem-estar e atender às necessidades básicas dos colaboradores, contribuindo para a qualidade de vida e a satisfação geral.
Neste caso, esses elementos são oferecidos de maneira contínua, independentemente do desempenho. Além disso, em sua maioria dos casos, estão ligados à segurança, saúde e qualidade de vida e , geralmente, aplicam-se a todos os colaboradores, com variações por nível hierárquico ou regional.
Segundo a pesquisa MetLife Employee Benefits Trends Study de 2022, 73% dos colaboradores consideram os benefícios um fator significativo na escolha de um empregador, e 66% afirmaram que benefícios robustos contribuem para sua lealdade à empresa.
Exemplos de benefícios incluem:
- Planos de saúde e odontológicos;
- Vale-alimentação e refeição;
- Auxílio-transporte;
- Benefícios modernos, como benefícios de viagens a lazer, como o OnHappy.
Ou seja, os benefícios são percebidos como um direito dos colaboradores, não estando diretamente relacionados ao desempenho. Eles ajudam a criar uma base de satisfação e suporte que possibilita aos colaboradores concentrarem-se em suas atividades sem preocupações externas excessivas.
O que são Incentivos?
Incentivos são recompensas adicionais e geralmente pontuais, projetadas para motivar comportamentos específicos ou estimular o atingimento de metas organizacionais. Eles estão intimamente ligados ao desempenho e à realização de objetivos de curto prazo.
Como são percebidos como temporários ou ocasionais, usados para reforçar ações pontuais, esses incentivos financeiros e não financeiros influenciam diretamente a motivação extrínseca.
Exemplos de incentivos incluem:
- Bônus financeiros por desempenho;
- Prêmios como viagens ou vouchers;
- Reconhecimento público ou certificados de excelência;
- Programas de participação nos lucros.
Diferentemente dos benefícios, os incentivos têm um caráter mais condicional e são frequentemente usados como alavancas de motivação. De acordo com a pesquisa da Willis Towers Watson, 80% das empresas globais utilizam programas de incentivos financeiros para estimular a performance de curto prazo, enquanto 62% os associam a metas estratégicas de longo prazo.
Qual a importância de diferenciar incentivos e benefícios?
Embora ambos sejam fundamentais para o engajamento organizacional, confundir incentivos e benefícios pode levar a erros estratégicos.
- Propósitos distintos:
- Benefícios estabelecem uma base de satisfação e suporte a longo prazo, aumentando a retenção de talentos.
- Incentivos estimulam resultados específicos de curto prazo, promovendo produtividade e competitividade.
- Percepção do colaborador:
- Benefícios são vistos como parte do “pacote básico”.
- Incentivos são interpretados como reconhecimentos pelo desempenho e geram sensação de valor agregado.
- Impacto no engajamento:
- Benefícios criam um ambiente de bem-estar.
- Incentivos fomentam competição saudável e foco nos resultados.
Como o RH pode usar essa informação para maximizar o engajamento?
O State of the Global Workplace Report da Gallup mostrou que o engajamento de colaboradores aumenta em 21% quando benefícios básicos e incentivos são combinados de forma estratégica.
Devido ao simples fato de que esses dois elementos agem sob efeitos intrínsecos e extrínsecos. Já que incentivos são ferramentas de motivação e de desejo (curto prazo) e benefícios são elementos de retenção e qualidade de vida (longo prazo).
Empresas que investem em benefícios robustos e incentivos regulares têm uma taxa de satisfação 50% maior em plataformas de avaliação de empregadores, como o Glassdoor.
Por isso, sempre frisamos por aqui a importância de conhecer as necessidades e desejos dos colaboradores. Enquanto alguns valorizam mais a estabilidade dos benefícios, outros são motivados por desafios e prêmios. Porque não investir em benefícios que promovam bem-estar e saúde, mas complemente com incentivos para estimular metas específicas e criar dinamismo na equipe?!
Se quiser entender melhor essas alavancas de estímulos, acompanhe os indicadores de engajamento e satisfação para identificar como as iniciativas impactam o clima organizacional e ajuste – incentivos e benefícios conforme necessário.
Ambos são estratégicos e, quando bem alinhados, ajudam a atrair, engajar e reter talentos, além de contribuir para uma cultura organizacional positiva.
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