“Esse benefício realmente faz diferença para o colaborador?”
“Vale o investimento?”
“Como mostrar para a liderança que estamos no caminho certo?”
Essas são perguntas comuns entre profissionais de RH e lideranças que atuam na gestão de benefícios. Em um cenário em que o bem-estar, a saúde mental e a flexibilidade ganharam protagonismo nas estratégias de employee experience, o desafio é equilibrar sensibilidade humana com métricas concretas.
E aí entra uma palavra mágica (e temida): ROI dos benefícios corporativos.
Mas como mensurar o ROI de algo subjetivo como o bem-estar? Como comprovar o impacto de um benefício como uma viagem a lazer, por exemplo?
Spoiler: é possível — e mais importante do que nunca.
ROI de benefícios: mais do que números
O ROI (Return on Investment) é um indicador utilizado no marketing e na gestão para avaliar o retorno financeiro obtido em relação ao valor investido em uma ação, campanha ou projeto. Ele permite medir a eficiência e a rentabilidade dos investimentos, ajudando na tomada de decisões estratégicas.
Como o bem-estar não gera receita direta imediata, o retorno é geralmente indireto. Mensurar o retorno dos planos de benefícios vai além de calcular custos versus uso. O verdadeiro ROI dos benefícios corporativos está na conexão com indicadores estratégicos da empresa, como:
- Clima organizacional
- Engajamento
- Retenção de talentos
- Atração de novos profissionais
- Redução de afastaentos por estresse ou burnout
- Reconhecimento da marca empregadora (employer branding)
E isso exige uma visão integrada entre dados quantitativos e qualitativos. Afinal, nem todo retorno é imediato — mas muitos são profundos, refletido, por exemplo, em:
- Redução de custos com saúde.
- Redução do absenteísmo;
- Aumento da produtividade;
- Maior engajamento e retenção de talentos;
- Melhoria no clima organizacional;
Para isso, empresas costumam utilizar indicadores como:
- Pesquisas de clima e satisfação;
- Índices de turnover;
- Dados de produtividade antes e depois da implementação de ações de bem-estar;
- Cálculo de savings (economia) em planos de saúde ou custos trabalhistas.
Assim, o ROI dos benefícios corporativos é menos sobre retorno financeiro direto e mais sobre o impacto organizacional e a sustentabilidade de longo prazo.
O que o mercado tem mostrado?
A Pesquisa Global de Bem-Estar 2022-2023 da Aon revelou que 89% das empresas brasileiras consultadas afirmaram ter uma estratégia de bem-estar, superando a média global de 83%. Além disso, 33% dessas empresas sentiram que seus programas de bem-estar apoiam na geração de resultados excepcionais ou acima da média.
O bem-estar tornou-se o aspecto mais importante nos programas de capital humano, pelo menos essa é a opinião de 78% das companhias brasileiras consultadas, que destacaram os três critérios mais relevantes: bem-estar do funcionário; inovação de um produto ou serviço; e atração e retenção de talentos.
Ou seja: medir o impacto não é apenas uma boa prática. É uma necessidade.
Como buscar o ROI dos benefícios corporativos na prática?
Aqui estão 5 caminhos estratégicos para começar:
1. Defina os objetivos de cada benefício
Parece simples, mas muitos RHs ainda contratam benefícios sem clareza sobre o “porquê”.
- O benefício visa melhorar o clima?
- Reduzir turnover?
- Aumentar a satisfação?
- Ser um diferencial competitivo?
Definir o objetivo ajuda a escolher os indicadores corretos e evita que o benefício se torne apenas mais uma linha no orçamento.
2. Monitore indicadores estratégicos
Acompanhe os dados antes e depois da implementação de um benefício. Alguns exemplos:
- Turnover voluntário
- NPS do colaborador
- Taxa de adesão aos benefícios
- Tempo médio de permanência
- Feedbacks em pesquisas de clima ou pulse checks
- Absenteísmo e afastamentos por saúde mental
Quando bem monitorados, esses números contam uma história clara — e embasam decisões junto à liderança.
3. Colete histórias e depoimentos
Dados contam. Mas histórias conectam.
Depoimentos espontâneos de colaboradores que usaram determinado benefício (como uma viagem a lazer, por exemplo) ajudam a tangibilizar o impacto emocional e cultural da iniciativa.
Um colaborador que volta das férias revitalizado, mais motivado e grato à empresa é um ativo poderoso — e uma prova de ROI humano.
4. Use tecnologia a seu favor
Plataformas como a OnHappy permitem ao RH acompanhar a adesão, o uso e a satisfação dos colaboradores em tempo real, além de automatizar relatórios e facilitar análises comparativas.
Com dados na mão, o RH ganha voz nas decisões estratégicas — e não precisa mais recorrer apenas à intuição.
5. Acompanhe benchmarks do mercado
Saber como empresas do mesmo porte ou setor estão investindo em benefícios ajuda a ajustar expectativas e argumentações.
Além disso, acompanhar tendências como benefícios flexíveis, ESG, sustentabilidade humana e employee experience permite que o RH se antecipe e inove com inteligência.
O que fazer quando um benefício não mostra retorno?
Nem sempre tudo sai como planejado. Se um benefício tem baixa adesão ou não entrega o resultado esperado, é importante:
- Reavaliar a comunicação interna
- Escutar os colaboradores
- Testar formatos diferentes
- Ajustar o mix de benefícios
- Considerar substituições estratégicas
Benefícios devem ser vivos — e adaptáveis à cultura, ao momento da empresa e ao perfil dos times.
OnHappy: ROI com propósito
Na OnHappy, acreditamos que benefícios também são uma forma de cuidar de pessoas com intencionalidade.
Oferecer viagens a lazer como benefício corporativo gera descanso, conexão, autoestima e saúde mental — e isso se traduz em engajamento, gratidão e lealdade. Empresas que adotaram a OnHappy como parte de sua estratégia de bem-estar já colhem depoimentos reais de colaboradores transformados por uma simples viagem.
O ROI dos benefícios corporativos está aí — às vezes em forma de sorriso, às vezes em forma de números.