À medida que o ambiente corporativo se adapta às transformações sociais, econômicas e tecnológicas, as empresas precisam estar cada vez mais atentas às necessidades de seus colaboradores. Em 2025, diversas tendências em benefícios corporativos desempenharão um papel ainda mais estratégico, não apenas no bem-estar dos funcionários, mas também na atração e retenção de talentos.
Nosso Panorama de Benefícios Corporativos: Percepções e expectativas para 2025 trouxe uma visão detalhada sobre as prioridades e desafios enfrentados pelas empresas em relação à gestão de benefícios corporativos.
A evolução das expectativas da força de trabalho, aliada a novos desafios e demandas, está moldando as tendências que devemos observar com atenção. A seguir, destacamos três dessas tendências em benefícios que prometem ganhar destaque nos próximos anos e transformar a forma como as empresas estruturam suas ofertas de benefícios.
Qual a atual situação das empresas?
Os dados do Panorama de Benefícios revelaram que o bem-estar dos colaboradores é a principal preocupação de 72,8% dos respondentes, destacando a crescente importância do apoio à saúde física e mental no ambiente de trabalho. Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão, síndrome de bounout e à ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Outro ponto relevante é que 47% das empresas buscam oferecer benefícios que realmente façam sentido para seus colaboradores, ou seja, que atendam suas necessidades e expectativas individuais.
As empresas estão buscando entender melhor o que é valorizado pelos seus colaboradores para oferecer benefícios que realmente façam diferença em suas vidas. Na medida que a força de trabalho se torna mais diversificada, as expectativas evoluem, demandando uma abordagem mais personalizada.
Além disso, 42% dos entrevistados apontaram que a competitividade dos benefícios é um fator importante para atrair e reter talentos, especialmente em um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Essa capacidade de uma empresa de atrair e manter talentos depende, em grande parte, da eficácia de seus pacotes de benefícios. Quando bem estruturados, os benefícios não apenas ajudam a destacar a empresa frente aos concorrentes, mas também criam um diferencial significativo para com os colaboradores.
A seguir, destacamos três dessas tendências em benefícios que prometem ganhar destaque nos próximos anos e transformar a forma como as empresas estruturam suas ofertas de benefícios.
1 – Foco no bem-estar integral dos colaboradores
O bem-estar no ambiente corporativo continuará em alta em 2025, mas com uma visão mais abrangente. O conceito de “bem-estar integral” no ambiente corporativo representa uma abordagem holística, em que as organizações reconhecem a interdependência entre diferentes dimensões da saúde e do bem-estar dos colaboradores.
O termo integral, neste caso, enfatiza a necessidade de considerar o indivíduo como um todo, compreendendo que o seu desempenho, satisfação e engajamento profissional são influenciados por aspectos físicos, mentais, emocionais e financeiros.
A saúde física continua sendo a base do bem-estar integral, mas com uma visão ampliada que não se limita apenas à prevenção e tratamento de doenças. Ela inclui políticas proativas de promoção de qualidade de vida, como programas de atividade física, alimentação saudável, acompanhamento médico preventivo e ergonomia no ambiente de trabalho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é um dos principais fatores de risco de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
A dimensão da saúde mental também tem ganhado destaque, especialmente em resposta ao aumento de casos de ansiedade, depressão e síndrome de burnout no ambiente corporativo. De acordo com a OMS, o burnout foi reconhecido como um fenômeno ocupacional desde 2019, associado ao estresse crônico no trabalho que não é gerenciado adequadamente.
A dimensão financeira do bem-estar integral aborda a necessidade de estabilidade e segurança econômica, um fator que muitas vezes é negligenciado pelas organizações. Colaboradores que enfrentam dificuldades financeiras apresentam maiores índices de estresse e menores níveis de engajamento.
2- Work-life balance como tendências em benefícios
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional, conhecido como work-life balance, tem se tornado uma prioridade cada vez maior para os colaboradores.
Historicamente, a dedicação ao trabalho era vista como uma medida de comprometimento e produtividade. Contudo, a crescente conscientização sobre síndromes ocupacionais, como o burnout, têm mostrado que jornadas exaustivas impactam negativamente a saúde dos colaboradores e, consequentemente, a eficiência organizacional.
A desconexão digital fora do horário de trabalho tem sido amplamente discutida como uma política para promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Em um cenário em que as tecnologias permitem acesso contínuo aos e-mails, mensagens e tarefas profissionais, o limite entre trabalho e vida pessoal tornou-se cada vez mais tênue. Isso levou a um aumento expressivo de casos de fadiga digital, estresse e esgotamento mental.
Países como França e Espanha já instituíram legislações que garantem o direito à desconexão, proibindo a exigência de disponibilidade dos colaboradores fora do horário de trabalho.
À medida que as empresas caminham para 2025, o work-life balance deixa de ser um benefício secundário e passa a ser uma prioridade estratégica. O foco em políticas que respeitem a jornada de trabalho, promovam a desconexão digital e incentivem a qualidade de vida não apenas melhora a percepção do colaborador sobre a empresa, mas também gera impactos positivos no desempenho organizacional.
3- Valorização da experiência do colaborador
Por fim, o Employee Experience (EX), ou experiência do colaborador, está posicionado como um dos principais pilares estratégicos para as empresas em 2025. A rápida transformação do ambiente corporativo, aliada às novas expectativas das gerações mais jovens e às tendências de trabalho flexível, torna o EX não apenas uma prioridade, mas um elemento decisivo para o sucesso organizacional.
Segundo o Relatório Global de Tendências de Viagens de 2023 da American Express Travel, 84% das gerações Z e Y preferem gastar em férias dos sonhos do que em itens de luxo.
Employee Experience pode ser definido como a soma de todas as interações, percepções e emoções que um colaborador vivencia ao longo de sua jornada em uma empresa, desde o processo de recrutamento até o offboarding.
Investir na experiência do colaborador traz benefícios tangíveis e intangíveis que impactam diretamente os resultados organizacionais. Empresas que adotam práticas avançadas de EX registram:
- Redução de custos com turnover e absenteísmo;
- Engajamento elevado, com maior comprometimento com metas e resultados;
- Aumento da inovação, com profissionais mais criativos e motivados;
- Fortalecimento do employer branding, atraindo os melhores talentos no mercado.
Em um cenário onde colaboradores esperam mais do que um salário competitivo, oferecer uma experiência que valorize suas necessidades, seu bem-estar e suas expectativas será o diferencial para 2025.
Esperamos que você tenha desfrutado deste artigo e tenha encontrado informações valiosas na Onhappy! Para ficar atualizado com mais conteúdo incrível, dicas de viagem e novidades exclusivas, siga-nos nas redes sociais.