Quem tem medo das férias?

Entenda o medo das férias, o por que muitos funcionários abrem mão desse direito essencial e o papel dos Recursos Humanos nesse desafio
Panorama de Benefícios Corporativos – Percepções e Expectativas para 2025

Quem nunca teve aquele dia no trabalho em que o único desejo fosse estar de férias, longe das responsabilidades e do estresse diário? Um sonho, né?! No entanto, o medo das férias pode causar ansiedade e estresse em muitas pessoas ao tirar um tempo livre.

Seja por um medo real ou imaginário, funcionários de todos os lugares estão abrindo mão de férias e até mesmo do tempo com a família pelotrabalho. Essa condição pode se manifestar de diferentes maneiras, como sentir-se culpado por tirar uma folga, temer a carga de trabalho ao retornar, culpa por delegar trabalho a outros durante o período de folga ou sentir-se ansioso por ser visto como substituível ou menos comprometido com o trabalho. 

Pois é. Muitos trabalhadores evitam tirar folga porque temem julgamento e repercussões. Porém, essa mentalidade pode ser prejudicial.

As férias — seja para ficar em casa ou passear com a família — são uma vantagem necessária, e os funcionários devem se sentir confortáveis em aproveitá-las. A seguir, vamos desvendar e refletir sobre este medo das férias e qual é o papel dos Recursos Humanos nessa questão importante para o bem-estar dos colaboradores.

Por que existe esse medo das férias?

O medo das férias é um fenômeno mais comum do que se imagina, e várias razões podem estar por trás desse comportamento. A complexa interação entre pressões profissionais e costumes culturais contribui para que muitos trabalhadores permaneçam presos às suas mesas de trabalho, mesmo quando prefeririam não estar lá. 

Em outra realidade, mas com números alarmantes, um estudo conduzido pela OnePoll em nome da Learn to Live revelou que 50% dos trabalhadores dos EUA hesitam em tirar uma folga para cuidar da saúde mental, temendo o que seus empregadores pensariam. Além disso, 62% dos entrevistados chegaram a dizer que sentem que seus chefes os julgariam por fazer isso. Como resultado, 54% acham que a saúde mental precária não é um “motivo bom o suficiente” para usar folga remunerada (PTO, na cultura americana).

Os motivos divergem. 

Em muitas empresas, há uma cultura implícita ou explícita que valoriza a produtividade acima de tudo. Desse modo prevalece uma cultura “always-on”, em que os funcionários se sentem obrigados a trabalhar longas horas e estar disponíveis mesmo durante os dias de férias.

O medo de ficar para trás nas responsabilidades do trabalho também pode levar a este medo. Pensar em encontrar uma montanha de trabalho acumulado, centenas de e-mails para responder ao retornar e a sensação de voltar desinformado é um prato cheio para alimentar toda esta insegurança. 

Colaboradores que se sentem inseguros sobre sua posição na empresa podem hesitar em tirar férias, temendo que sua ausência possa destacar sua dispensabilidade, de serem substituíveis e torná-los mais suscetíveis a demissões. 

Além de tudo, se alguém se sente sobrecarregado com o trabalho regularmente, pode estar menos inclinado a tirar uma folga, mesmo quando realmente precisa. 

Sem dúvidas, quando os empregadores não promovem ou não incentivam o uso de férias, os empregados podem se sentir desencorajados a utilizar seu tempo de folga. Além disso, quando os colaboradores não têm certeza sobre o que é esperado deles, eles podem optar por não tirar férias para evitar possíveis problemas.

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Por que continuar com este medo?

Pedir o que precisamos pode, compreensivelmente, nos fazer sentir vulneráveis.

Embora o trabalho continue na sua ausência, isso não significa que sua carga de trabalho deva acumular-se à sua espera. Retornar de férias relaxantes apenas para enfrentar dias ou semanas de recuperação — ou até mesmo horas extras — pode fazer parecer que tirar folga não vale a pena.

Mas seu bem-estar é mais importante que o trabalho. Reserve um tempo extra antes das férias para planejar como suas tarefas serão gerenciadas durante sua ausência e ao seu retorno. Esse passo pode ser um importante fator de redução do estresse antes das férias e facilitar a sua reintegração.

Para lidar com esses medos, primeiro explore suas próprias crenças sobre o trabalho. Seu medo sobre o que os outros pensam de você pode refletir seus próprios sentimentos. Você se sente culpado por tirar folga ou acha que não merece? O que está influenciando seus pensamentos?

Lembre-se de que cuidar de si mesmo é essencial para manter a produtividade e o bem-estar a longo prazo.

Então, considere a cultura da sua empresa. Como as férias são incentivadas na organização?

Como incentivar as férias na sua empresa? 

Em todo o mundo, um determinante-chave para que os funcionários se sintam confiantes em tirar todas as suas férias remuneradas é a cultura corporativa.  A maneira como a empresa enxerga e trata as férias dos colaboradores dita como eles se sentem seguros em tirar todo o tempo de descanso a que têm direito.

É certo: gerentes que demonstram e incentivam hábitos saudáveis, como tirar férias, fortalecem a confiança dos funcionários para fazerem o mesmo. Por outro lado, gerentes que valorizam e recompensam a presença constante no trabalho desencorajam os funcionários a tirarem férias.

Reconhecer que a segurança financeira e o alcance de metas são essenciais, mas que o bem-estar e a saúde mental dos funcionários são igualmente importantes, é a chave para criar um ambiente de trabalho sustentável e produtivo. As empresas devem ser transparentes sobre suas políticas de férias e incentivar discussões abertas sobre a importância do tempo livre. 

Estudos mostram que trabalhar muito durante dias longos semanalmente nos deixa mais estressados ​​e menos produtivos, enquanto nos desligar do trabalho nos torna mais energéticos e resilientes e aumenta nossa produtividade e os resultados financeiros da empresa. 

Não é à toa que 64% dos entrevistados do estudo conduzido pela OnePoll desejam ter mais opções de cuidados de saúde mental fora da terapia tradicional. 

O medo de tirar férias e a negligência do bem-estar mental são problemas reais que afetam a produtividade e a saúde dos funcionários. No entanto, com estratégias adequadas e o apoio de plataformas inovadoras como o Onhappy, as empresas podem criar um ambiente de trabalho onde os funcionários se sintam seguros e encorajados a cuidar de sua saúde mental e a aproveitar seus períodos de descanso.

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