[ARTIGO] Na era em que as empresas travam uma verdadeira guerra por talentos, os benefícios corporativos se tornaram armas estratégicas. São mais do que incentivos, são mensagens que dizem: “Nós nos importamos com você.” No entanto, o que acontece quando esses benefícios não cumprem seu propósito? A resposta é clara: desengajamento, rotatividade e um sentimento crescente de desconexão entre colaboradores e organização.
Um erro comum das empresas é tratar benefícios como um checklist. Oferecem vale-alimentação, plano de saúde e, talvez, um desconto em academias. O problema? Esses pacotes, por mais tradicionais que sejam, muitas vezes não refletem as reais necessidades dos colaboradores. A falta de personalização torna os benefícios genéricos e pouco atraentes.
Pense em um jovem recém-formado que trabalha na sua empresa. Para ele, um plano de saúde premium pode não ter o mesmo apelo que teria uma plataforma de que ofereça descontos em viagens de lazer. Por outro lado, um colaborador com filhos provavelmente valorizaria mais benefícios que sejam extensivos para toda a família. Quando os benefícios não conversam com as diferentes fases da vida dos colaboradores, eles deixam de ser vistos como diferenciais.
Outro ponto é a comunicação. De que adianta oferecer benefícios incríveis se os colaboradores não sabem que eles existem ou não entendem como utilizá-los? Pesquisas mostram que muitos benefícios corporativos permanecem subutilizados porque não são promovidos adequadamente dentro das empresas.
Além disso, há a questão do desperdício de recursos. Sem dados claros sobre o que é realmente valorizado pelos colaboradores, as empresas investem em programas pouco efetivos. É como lançar dinheiro ao vento, esperando que isso resolva questões estruturais como engajamento e retenção.
As consequências desse descuido são palpáveis. Uma pesquisa da Gallup apontou que empresas com colaboradores desengajados perdem até 18% de sua produtividade. E o turnover? Esse pesa ainda mais no bolso. O custo para substituir um funcionário pode chegar a duas vezes o seu salário anual, considerando recrutamento, treinamento e perda de produtividade.
A solução para esse problema não é simples, mas está ao alcance. O primeiro passo é ouvir os colaboradores. Pesquisas internas, grupos de discussão e análises de dados são ferramentas valiosas para entender o que realmente importa para o time. Além disso, investir em flexibilidade é essencial. Plataformas que permitem personalizar benefícios – como créditos para viagens, lazer ou educação – estão ganhando força e podem ser um divisor de águas.
Empresas que acertam no planejamento de benefícios não só retêm talentos, como também constroem um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Afinal, um colaborador que sente que a empresa se importa com ele tende a retribuir com lealdade e engajamento.
Portanto, é hora de as organizações repensarem suas estratégias. Benefícios não são apenas custos; são investimentos no ativo mais valioso de qualquer empresa: as pessoas.
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