“Trabalhe com propósito.” Você já ouviu essa frase incontáveis vezes, mas aqui vai uma pergunta que poucos fazem: como saber se o propósito da sua empresa está realmente sendo vivido pelos colaboradores?
No mundo corporativo atual, onde 85% dos profissionais preferem trabalhar em organizações alinhadas a seus valores (Deloitte), o propósito deixou de ser apenas um discurso bonito na página “Sobre Nós”. Ele se tornou um ativo mensurável – que influencia desde a atração de talentos até a lucratividade.
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Propósito: apenas um discurso bonito ou um diferencial real?
“Qual é o propósito da sua empresa?”
Essa pergunta, que há alguns anos parecia filosófica demais para o mundo corporativo, hoje se tornou central em conversas sobre cultura organizacional, employer branding, ESG e até atração de talentos.
Mas será que propósito é algo mensurável? Dá para saber, na prática, se ele está realmente presente nas ações da empresa — ou se ficou só no papel bonito da missão no site institucional?
A resposta é: sim, é possível — e necessário — medir o propósito.
Mas, para isso, é preciso entender que ele não vive em slogans, e sim nas experiências reais das pessoas com a marca. E isso inclui, sobretudo, quem vive a cultura da empresa todos os dias: os colaboradores.
O propósito mora na experiência de quem trabalha com você
Uma organização com propósito claro e vivo no cotidiano tem algo em comum: as pessoas se sentem parte de algo maior. Elas não estão ali apenas por um salário, mas porque acreditam que seu trabalho tem valor, impacto e sentido.
E isso não é discurso de consultoria. É realidade respaldada por números:
- Segundo a Deloitte, colaboradores que percebem sentido no que fazem têm níveis de engajamento quatro vezes maiores;
- Empresas com forte senso de propósito declarado e vivido têm até 40% menos rotatividade, segundo estudo da PwC;
- A McKinsey aponta que a clareza de propósito está diretamente relacionada à performance sustentável de longo prazo.
Portanto, mensurar o propósito começa ouvindo as pessoas. O quanto elas se sentem conectadas ao que a empresa entrega para o mundo? O quanto elas enxergam coerência entre discurso e prática? O quanto sentem que sua atuação pessoal também está alinhada a esse “porquê” coletivo?
Sinais de que o propósito está vivo — ou precisa ser relembrado
Mais do que criar um indicador específico de “propósito”, empresas podem observar sinais concretos no seu dia a dia. Aqui vão alguns:
- Clima organizacional positivo: existe entusiasmo genuíno entre as equipes?
- Engajamento com causas sociais e ambientais: os colaboradores participam ativamente das ações?
- Sentimento de orgulho e pertencimento: as pessoas falam com orgulho sobre onde trabalham?
- Iniciativas de reconhecimento e bem-estar: a empresa valoriza a jornada individual e coletiva?
- Atração espontânea de talentos: os candidatos vêm motivados pelo impacto que a empresa causa no mundo?
Se a resposta para a maioria dessas perguntas for “sim”, parabéns: o propósito está vivo, mesmo que você ainda não o tenha medido com números.
Futuro do trabalho e o papel do propósito
Em um mundo onde as novas gerações querem mais do que um contracheque, o propósito se tornou um fator decisivo na relação com o trabalho.
A Geração Z, por exemplo, valoriza empresas que cuidam das pessoas e do planeta. Querem se sentir parte de uma história com impacto. E se não encontram isso, não hesitam em buscar outro lugar.
Empresas que entendem essa nova lógica já estão colhendo os frutos. Elas oferecem não apenas bons salários ou benefícios, mas experiências com significado — e isso inclui desde programas de voluntariado até a oferta de benefícios que valorizam o tempo, a saúde mental e a felicidade.
O propósito se mede na prática: casos e caminhos
No Brasil, empresas como a Onfly, com a unidade OnHappy, estão transformando o conceito de propósito em ação ao oferecerem um benefício que permite que colaboradores vivam experiências significativas de descanso e lazer. É o tipo de ação que mostra, na prática: “Aqui, nós realmente nos importamos com você como pessoa — e queremos que você tenha uma vida feliz, dentro e fora do trabalho.”
Esse tipo de reconhecimento vai muito além da recompensa material. Ele ativa um sentimento de pertencimento, gratidão e conexão com a missão da empresa. Porque uma organização que se importa com a felicidade das pessoas reforça o seu propósito com atitudes — e não com palavras.
Como mensurar o propósito, afinal?
Você pode começar com perguntas simples em pesquisas de clima e engajamento:
- “Você sente que seu trabalho tem um impacto positivo no mundo?”
- “Você enxerga coerência entre o que a empresa diz e o que ela faz?”
- “Você sente orgulho de trabalhar aqui?”
- “Você se sente reconhecido como parte importante da empresa?”
Além disso, pode acompanhar indicadores como:
- NPS interno (recomendação da empresa como lugar para trabalhar);
- Taxas de retenção e turnover voluntário;
- Participação em programas de voluntariado, reconhecimento e bem-estar;
- Engajamento com ações ligadas à cultura e aos valores da empresa.
Lembre-se: propósito não é algo que se impõe, mas algo que se constrói com coerência e verdade.
Propósito que se mede com histórias
Em última análise, talvez o propósito se meça melhor por histórias do que por KPIs. Histórias de colaboradores que mudaram sua forma de viver porque se sentiram valorizados. De pessoas que encontraram um novo sentido para a sua rotina porque a empresa enxergou nelas mais do que uma função.
Essas histórias não aparecem em gráficos, mas ficam marcadas na cultura, no clima e na reputação da marca como empregadora.
E na sua empresa, o propósito está sendo vivido?
Talvez a pergunta mais importante não seja “como medir o propósito?”, mas sim:
“O que estamos fazendo, todos os dias, para que ele seja real?”
O propósito se alimenta de ações consistentes, de escuta ativa, de escolhas que colocam as pessoas no centro.
Na OnHappy, acreditamos que empresas com propósito claro são aquelas que cuidam de gente de verdade — e não apenas de resultados.
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