Os benefícios para pequenas empresas têm se tornado uma estratégia essencial para atrair e reter talentos em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
As micro e pequenas empresas (MPEs) consolidam-se como pilares fundamentais da economia brasileira. Só em 2023, esse setor foi responsável pela criação de mais de 1,1 milhão de postos de trabalho formais, o que representa 80% das vagas com carteira assinada abertas no país, de acordo com levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Apesar de sua relevância, essas empresas enfrentam desafios significativos para crescer e se consolidar em um cenário econômico marcado por instabilidade e burocracia. Além disso, o novo perfil de profissionais, especialmente da Geração Z, exige uma adaptação por parte das micro e pequenas empresas.
Esses colaboradores buscam mais do que um bom salário; eles valorizam flexibilidade, qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
Neste contexto, a oferta de benefícios para pequenas empresas que sejam inovadores e de baixo custo tem sido uma solução eficaz para atender às demandas dos trabalhadores e fortalecer a competitividade dessas organizações. Neste post, vamos explorar os principais desafios enfrentados pelas MPEs e como elas têm inovado para transformar suas operações e permanecer relevantes mesmo com restrições orçamentárias.
O que são as pequenas empresas?
Diversas instituições adotam critérios distintos para determinar essa categorização, considerando aspectos como faturamento anual, número de funcionários e receita operacional bruta. Esses parâmetros permitem segmentar os negócios em microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs), empresas de pequeno porte (EPPs), empresas de médio porte e grandes empresas, com variações conforme o setor econômico e a instituição avaliadora.
De acordo com o Sebrae, o faturamento anual é um dos principais critérios para essa classificação. MEIs são aqueles que possuem faturamento bruto anual de até R$81 mil. As microempresas, por sua vez, podem faturar até R$360 mil ao ano, enquanto as empresas de pequeno porte são aquelas com faturamento entre R$360 mil e R$4,8 milhões.
Paralelamente, o número de funcionários também é utilizado como parâmetro. No comércio e serviços, microempresas possuem até nove empregados, enquanto as EPPs têm entre 10 e 49. Já no setor industrial, microempresas empregam até 19 funcionários, e as EPPs, de 20 a 99.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) utiliza a Receita Operacional Bruta (ROB) para classificar as empresas. Nesse critério, pequenas empresas possuem renda anual entre R$360 mil e R$4,8 milhões.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adota uma classificação baseada exclusivamente no número de funcionários. Para o setor industrial, micro e pequenas empresas são aquelas com até 99 empregados, enquanto as médias variam de 100 a 499. No comércio e serviços, as MPEs possuem até 49 empregados, enquanto as médias empregam entre 50 e 99.
O desafios das pequenas empresas
As MPEs enfrentam desafios estruturais, como a burocracia excessiva, alta carga tributária e dificuldades de acesso ao crédito. Essas barreiras dificultam o crescimento e a consolidação das empresas, especialmente em um cenário econômico de instabilidade, como o enfrentado nos últimos anos.
Segundo dados do Sebrae Nacional, aproximadamente 30% das empresas encerram suas atividades dentro de um prazo de até cinco anos.
Adicionalmente, muitas MPEs enfrentam problemas de planejamento estratégico e de adaptação às mudanças de mercado, o que impacta sua sustentabilidade a longo prazo.
Em pesquisa realizada pelo SEBRAE, foram identificadas as principais causas para o fechamento prematuro das empresas: comportamento empreendedor pouco desenvolvido (atitudes empreendedoras insuficientes); deficiências no planejamento antes da abertura das empresas; deficiência na gestão após a abertura do negócio; políticas insuficientes de apoio ao setor; conjuntura econômica deprimida e problemas pessoais, dentre outras de menor relevância.
Já as causas para o sucesso dessas organizações estão intimamente ligadas a
capacidade dessas empresas inovarem no processo de gestão e no uso de novas tecnologias
Para MPEs, que muitas vezes não conseguem competir em salários com grandes empresas, a oferta de benefícios inovadores e personalizados é uma maneira eficaz de se destacar. Segundo pesquisas, benefícios que atendem a demandas específicas, como saúde mental, educação continuada ou qualidade de vida, têm sido determinantes na retenção de talentos.
Uma gestão focada em benefícios para pequenas empresas
As limitações citadas acima impactam diretamente sua capacidade de investir em novas tecnologias, contratar talentos e expandir operações. Em decorrência disso, as pequenas empresas precisam equilibrar produtividade e bem-estar dos colaboradores.
De acordo com o estudo Panorama de Benefícios Corporativos – Percepções e Expectativas para 2025, 62,87% das empresas brasileiras planejam aumentar o orçamento destinado a benefícios corporativos no próximo ano. Embora grande parte desse número seja impulsionada por médias e grandes corporações, as pequenas empresas também têm buscado reforçar suas ofertas.
Focado em pequenas empresas,o relatório produzido pela Onhappy afirmou que 67% dos profissionais de RH em pequenas empresas demonstram preocupação em oferecer benefícios que promovam o bem-estar dos colaboradores. Essa atenção reflete uma mudança de perspectiva: mais do que cumprir com obrigações trabalhistas, essas empresas querem agregar valor à experiência de seus funcionários.
Atualmente, 42% dos pacotes de benefícios oferecidos por pequenas empresas incluem alguns adicionais além dos obrigatórios, sinalizando um esforço para atender às expectativas dos trabalhadores. Entre os benefícios mais comuns estão programas de saúde mental, subsídios para educação e descontos em serviços voltados à qualidade de vida. Essa estratégia é reforçada por 43% dos RHs, que destacam a importância de oferecer benefícios que realmente impactem e façam sentido para os colaboradores.
A competitividade também é uma prioridade. Quase metade (42%) dos profissionais de RH em pequenas empresas está preocupada em alinhar os benefícios oferecidos ao mercado, visando atrair e reter talentos em um cenário de disputa acirrada. Para isso, metade dessas organizações (50%) pretende aumentar moderadamente ou significativamente o orçamento destinado aos benefícios nos próximos anos.
Esses números mostram que, apesar das limitações financeiras, pequenas empresas estão dispostas a investir no bem-estar de seus funcionários. Parcerias estratégicas e soluções escaláveis, como plataformas digitais de benefícios, têm sido alternativas eficazes para ampliar a oferta sem comprometer os recursos disponíveis.
Um exemplo notável é a inclusão de benefícios de lazer, como vouchers de viagens, que permitem aos colaboradores escolherem destinos e datas conforme suas preferências. Esse tipo de benefício, além de ser financeiramente flexível para a empresa, promove bem-estar, reduz o estresse e fortalece a relação entre a organização e seus funcionários. Pesquisas mostram que colaboradores que têm acesso a experiências de lazer reportam níveis mais altos de produtividade e satisfação no trabalho.
Ao focar no bem-estar e na personalização, essas organizações não apenas retêm talentos, mas também criam uma cultura organizacional engajadora e sustentável. O futuro do trabalho exige inovação, e as MPEs estão provando que podem liderar essa transformação com criatividade e dedicação.
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